Em alusão à exposição "Calendários do Japão - O mundo mágico da cultura japonesa e o papel", aberta ao público no Espaço Cultural Conselheiro Clóvis de Moraes Rego, o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) promoveu Oficina de Origami, nesta sexta-feira, 24, no auditório Ministro Elmiro Nogueira. A professora Rosa Kamada ministrou o curso em meio as orientações dos formatos e das dobraduras usando vários tipos de papeis. O origami é uma arte tradicional e secular japonesa de dobrar papel. Os artistas criam representações de determinados seres e objetos em dobras em uma peça de papel. As dobraduras não requerem cortes e nem cola para finalizar a criação.
A tutora do curso explicou como essa arte faz parte do dia a dia das famílias japonesas. “O origami não é ensinado nas escolas, é uma arte transmitida de pai para filho no Japão e faz parte do cotidiano japonês. O chamariz utilizado em relação ao curso dessa arte é que em um simples pedaço de papel pode-se transformá-lo em diversas formas diferentes, como uma flor, um objeto ou até em um animal”, falou Rosa.
Foram três horas de curso, período em que os participantes fizeram várias formas usando papel de jornal e também papel colorido. A servidora Cláudia Moura se interessou pela oficina por causa da sua memória afetiva de infância. “Desde criança eu convivia com vizinhos e amigos japoneses. Tive professores japoneses também e me recordo da cultura deles, mas em relação ao origami é a primeira vez que tenho contato. Estou adorando e vou fazer em casa”, lembrou.
Para a servidora Lidia Lindoso, a vontade de conhecer mais a arte japonesa vem também desde a infância, quando viu a arte em uma feira de ciências na escola, até o ápice que foi utilizar o origami na decoração do próprio casamento. “Eu faço origami desde criança e no meu casamento tive a ideia de fazer as forminhas dos doces, depois fiz uma cortina e até o buque que joguei foi de origami”, recordou.
A conselheira Rosa Egídia prestigiou o evento e contou aos participantes que admira a cultura e a arte japonesa.
Histórico
O Origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que, no entanto, podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente, parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1868), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (retangular, circular etc.).
