Prolongamento da Av. João Paulo II: Conselheiros, substitutos e técnicos visitam obra

Uma das intervenções mais importantes com vistas a melhorar a mobilidade urbana na capital paraense, as obras do prolongamento da Avenida João Paulo II, receberam, na última sexta-feira, 18, a visita técnica da presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA), conselheira Lourdes Lima, do conselheiro Luís Cunha, dos conselheiros substitutos Julival Rocha, Daniel Mello e Edvaldo Souza. Técnicos da Secex, de gabinetes de conselheiros e servidores de outras áreas do tribunal também compareceram à visita.

A comitiva foi recepcionada pelo diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), executor do projeto, Cesar Meira e pelo gerente de Obra da construtora Camargo Correa, Oscar Bandeira, ambos acompanhados pela equipe técnica do projeto. Todos percorreram os 4,7 quilômetros da via, que além de contribuir para melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belém (RMB), irá proteger o Parque Ambiental do Utinga e os lagos Bolonha e Água Preta, mananciais que abastecem Belém.

A obra trará outra importante contribuição para a RMB: a preservação ambiental. De acordo com os responsáveis, a via funcionará como uma barreira física e sanitária para a Área de Preservação Ambiental (APA) de Belém. O projeto contará também com um sistema de fitorremediação para captação e tratamento de águas provenientes das seis bacias de contribuição, as quais são lançadas atualmente diretamente no Parque do Utinga. Essa intervenção diminuirá a contaminação dos mananciais e reduzirá o índice de doenças causadas por mosquitos, trazendo mais saúde e qualidade de vida para a comunidade.

A nova avenida terá duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,50 metros de largura, divididas em três faixas de tráfego com 3,50 metros cada. Na maior parte de sua extensão, terá 2,50 m de acostamento, 2,50 m para ciclovia bidirecional, 2 m de calçada do lado esquerdo e 1,20 m do lado direito, respeitando todos os preceitos legais de acessibilidade. A via será separada por canteiro central, com largura variável. Também contará com drenagem, iluminação pública e monitoramento de segurança. Sete passarelas para pedestres serão implantadas ao longo da via, às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos.

A concepção do projeto prevê uma composição paisagística, que se harmonizará com o Parque do Utinga. Deste modo, a área da nova Avenida João Paulo II será uma das mais belas de Belém e, somada à nova proposta do Parque Ambiental do Utinga, se tornará um ponto de contemplação da natureza, entretenimento, esporte e lazer. Durante a visita, a presidente do TCE-PA, conselheira Lourdes Lima, destacou sua satisfação em ver os trabalhos sociais e ambientais que estão sendo executados, paralelamente à obra da avenida.

“Estamos muito felizes em tomar conhecimento das ações sociais que estão sendo desenvolvidas nesta área da obra, assim como os cuidados ambientais de preservação do parque e dos lagos. Essa visita de hoje está sendo muito importante para nós, pois saímos com uma visão geral dessa obra e com um sentimento de que o governo do Estado está fazendo uma boa gestão do dinheiro público, trabalhando com boa governança”, declarou.

O conselheiro substituto, Julival Silva Rocha, também frisou sua satisfação de conhecer a obra e saber da importância ambiental do projeto para a RMB. “Fico muito feliz, como cidadão, ao ver que a obra também trará legados sociais e ambientais para a população, desenvolvendo projetos pensando no futuro, que trarão proteção ambiental e irão contribuir para melhorar a qualidade de vida da população do entorno da obra”, afirmou.

Projeto social

O projeto também possui um forte viés social, enfatizado aos visitantes. O “Reciclar Faz Bem” é resultado de parceria entre o governo do Estado, Instituto Camargo Correa e Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa), e estabelece a construção de uma central de triagem e o assessoramento na gestão do negócio, com a capacitação e formação dos cooperados na solidificação da coleta seletiva em Belém e Ananindeua. O objetivo é aumentar a quantidade de resíduos sólidos comercializados, ampliando os nichos de atuação do negócio e incrementando a renda média dos beneficiários. A central de triagem está sendo construída na margem da nova avenida, em um terreno doado pelo Estado.

Pontes

O prolongamento da Avenida João Paulo II inclui duas pontes, uma com 176 m, a 60 m da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e outra com 224 m, a 30 m da Rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água Preta. As pontes possuem estrutura mista, em metal e concreto, e estão sendo executadas sem nenhuma interferência ao meio ambiente, principalmente aos lagos que garantem o abastecimento de água de Belém. A primeira ponte foi projetada pelo arquiteto paraense Paulo Chaves, titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

“O projeto da ‘João Paulo’ foi todo desenvolvido visando proteger o meio ambiente existente no entorno. Assim, para não causar prejuízos aos mananciais, as pontes foram construídas de maneira diferenciada, desde a sua fundação até a execução de sua superestrutura, que foi toda montada em terra, no pátio de empurre localizado na margem dos lagos, e empurrada para sua posição final, sem a necessidade da presença de homens e máquinas no interior dos lagos. Com essas medidas e tecnologias adotadas, caiu para praticamente zero o impacto ambiental sobre os lagos Bolonha e Água Preta”, informou o diretor geral do NGTM, Cesar Meira.

“Esta é uma obra muito importante para a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belém. Estamos acompanhando a sua execução e realizamos a última vistoria no mês de junho”, revelou o servidor Marcelo Aranha, engenheiro civil do TCE-PA, lotado na Controladoria de Obras, Patrimônio Público e Meio Ambiente.

Benefícios

Entre os muitos benefícios da construção da Avenida João Paulo II estão desenvolvimento para a Região Metropolitana de Belém; uma nova via de acesso à capital paraense; suporte para a implantação do Bus Rapid Transit – BRT Metropolitano; proteção ao Parque Ambiental do Utinga; criação de grande área de lazer com equipamentos urbanos e proteção dos mananciais que abastecem Belém.

Também faz parte do projeto a primeira rede de telecomunicações do Estado, com cabos subterrâneos de fibra óptica, que serão utilizados para transferência de dados e internet de alta capacidade. O projeto permitirá a integração de unidades do Estado, como escolas e outros prédios públicos, a promoção da segurança pública, por meio de monitoramento remoto pelas polícias, e ainda beneficiará a população do entorno, com pontos de internet de acesso livre Wi-Fi em espaços públicos.

Após conhecer a obra e assistir a uma apresentação sobre o projeto, o conselheiro Luis Cunha disse que ficou “bastante impressionado com a grandiosidade e complexidade desta obra, que tem uma importância muito relevante para a população. Também destaco a seriedade do governo do Estado, que mesmo diante de um cenário de crise financeira consegue dar prosseguimento ao empreendimento, justamente por saber dessa relevância. Saio dessa visita com uma leitura muito positiva de tudo que pude presenciar, sabendo que a obra prossegue e, em breve, será entregue à população. O governo está realmente de parabéns pela idealização desse projeto”.

Com informações da assessora de comunicação do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), Manu Viana.